terça-feira, 28 de abril de 2009

Mudança de endereço

Olá pessoal!

Por motivos técnicos, o Cine Lagoinha mudou de endereço. Agora está em

http://cinelagoinha.wordpress.com/

Acesse e curta com agente.

Abraços e até breve!!!

sexta-feira, 27 de março de 2009

Doubt


Seguindo o conselho de uma amiga que normalmente tem um gosto para filmes um tanto quanto confiável. Assisti Doubt. É um bom filme, alias muito bom. Com atuações primorosas de Meryl Streep, Philip Seymour Hoffman e Amy Adams.
O filme gira em torno das suposições de uma Irmã em torno das intenções de um padre com mentalidade um tanto quanto a frente do seu tempo para com um garoto negro. A história se passa em uma escola católica no Bronx no ano de 1964.
O tema infelizmente é muito comum nos dias de hoje. Cobrindo manchetes de jornal e gerando escândalos por toda hierarquia da Igreja Católica. O que é engraçado, pois minha avó, católica fervorosa como é acha isso um absurdo. E se quer permite minhas piadinhas a respeito de um padre que é amigo da família, cujo qual meu irmão foi coroinha durante algum tempo. O fato é que existem vários “causos” lá na cidade de onde venho de que o Padre já tenha se engraçado com os coroinhas. Historias muitas vezes corroborada por pais e pessoas muito próximas da minha avó. Que simplesmente opta por não enxergar a verdade latente.
Mas pensando sobre o filme fico me perguntando. Que direito uma pessoa tem de criar suposições, e acusar alguém sem ter provas. Bom a igreja fez isso por séculos, criou, manipulou provas apresentando tudo da forma que mais lhe convinha. Bom melhor não entrar no mérito da igreja ou senão daqui a pouco estou falando sobre o massacre de Judeus na segunda guerra mundial.
Enquanto isso o que o filme mostra é que uma criança negra sensível que sofre nas mãos do pai encontra abrigo e respeito em um Padre, pessoa que ele se torna um admirador. Isto é visto de forma negativa e maliciosa pela freira. Acredito que pra criar este tipo de suposição quanto a alguém ou você tem que odiar muito essa pessoa ou simplesmente ser capaz do tipo de atrocidade que está projetando no seu próximo. Na minha opinião, Meryl Streep vive uma mulher amarga que não soube conviver com a dor de perder o marido na guerra e resolve se entregar a Deus, porém ignora o fato de ser humana e ela sim sofrer de desejos reprimidos.
O roteiro do filme é muito forte, e muito bom, onde não te mostra nada, mas te da margem para enxergar ambos os lados. E por que não optar.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Valkyrie



Não tive coragem de pagar pra assistir Valkyrie no cinema. E vinha enrolando a mim mesmo com o filme no computador a mais de uma semana.
É difícil achar motivação pra assistir algo onde já se sabe o final. E no caso de Valkyrie qualquer aluno da 5ª serie do ensino médio te conta que eles vão falhar. Mas é ai que a estrela do diretor brilha ele sabe que não vai conseguir suspiros com o “será que eles vão conseguir” por tanto opta por mostrar o motivo de tudo ter dado errado. Como algumas coisas foram precipitadas e muitas outras deveriam ter ocorrido mais rapidamente.
O filme começa lento, cresce aos poucos e apresenta todos os personagens chave da história. O que torna o filme envolvente e em um segundo momento dinâmico. Baseado em fatos reais a trama do filme deixa tudo mais interessante.
Apresenta um lado do exercito Alemão que a grande maioria desconhece. Sempre imaginei o exercito Alemão como uma unidade. Nunca pensei que houvessem pontos dissidentes. E o filme apresenta isso, e ao mesmo tempo apresenta a unidade e o choque das pessoas ao escutarem que o Fuhër está morto.
O diretor tem outros trabalhos interessantes entre eles The Usual Suspects que tem um dos finais que mais gosto no cinema.
Tom Cruise não acrescenta nada ao filme. Em compensação Tom Wilkinson convence que poderia ser um general que sabia de tudo mas que jamais se viraria contra Hitler. O que faz com que sempre que ele está em cena surge uma tensão no ar. O filme ainda conta com Kenneth Branagh e Bill Nighy.
Acho que a melhor cena do filme é quando a vitrola está tocando a cavalgada das valquírias de Wagner e os filhos do Tom Cruise marcham ao som. E que só me faz lembrar de um dos melhores filmes de guerra que conheço. Apocalypse Now, por que “Adoro o cheiro de napalm pela manhã.”

quarta-feira, 25 de março de 2009

Goonies


Que falta de vergonha comentar Goonies. Mas eu adoro esse filme. Cresci assistindo ele no temperatura Máxima e Sessão da Tarde. E me faz lembra de infância e de como as coisas eram simples naquele tempo.
Escola, dever a noite, quando não copiava antes da aula, piquenique, andar de bicicleta, jogar atari e master system e beijar as coleguinhas escondido. Ah como aquele tempo era bom.
Chega de nostalgia, acho que não existe ninguém que não tenha assistido Goonies ou que não saiba que a trilha sonora é da Cindy Lauper. É um dos filmes do Spielberg que mais gosto. É infantil, cheio de truques e coisas que não fazem o menor sentido e não tem a menor condição de ser. Mas é essa fantasia o que mais diverte no filme e claro o Sloth.
Vale a pena ver de novo, e junto que tal assistir também Curtindo a vida adoidado, Edward Mãos de Tesoura, Indiana Jones, O mágico de Oz, Conta comigo, karate Kid, Meu primeiro Amor, Beetlejuice, Splash uma sereia em minha vida.

terça-feira, 24 de março de 2009

Boogie Nights




Uma das melhores trilhas sonoras que eu conheço. Cabe perfeitamente junto com Fear and Loathing Las Vegas e Pulp Fiction. Claro que é uma linha completamente diferente, mas ainda assim muito boa.
É o primeiro grande filme dirigido por Paul Thomas Anderson, cujo currículo inclui Magnólia e There Will be Blood. E de quebra um filme que mostra que o Adam Sandler aquele cara meio Goofy de filmes da Sessão da Tarde, tem algo de ator escondido em algum lugar. Punch- Drunk Love é muito bom e muito engraçado.
Mas voltando a Boogie Nights. Filme de 1997, com um elenco muito bom. Engraçado, semana passada falei que não achava o Mark Wahlberg essa coisa toda, mas com esse filme tenho que rever isto por que ele está muito bem. E o elenco ainda conta com Don Cheadle, Burt Reynolds, Juliane Moore, Philip Seimour Hoffman e a linda e super sexy Heather Grahan, como a Rollergirl. O filme se passa na virada da década de 70 pra 80. Apresentando a vida de Dirk Diggler um ator pornô e o relacionamento dele com fama, dinheiro, drogas e o meio onde vive.
Esse filme foi por muito tempo um dos preferidos de um primo meu. A caracterização das roupas e musicas da década de 70 são realmente muito legais e é muito engraçado ver um povo um tanto quanto alienado que acreditam serem estrelas de cinema. Mas acho que o que encantava mesmo o rapaz era o tamanho do documento do Dirk Diggler. Já que ele sempre se orgulhou de dizer que era portador de algo um tanto quanto confortável pra não dizer pequeno.
Filme classe A se não viu, vá à locadora mais próxima e pegue a edição com vários e vários extras que é fantástico. Se não conhece nada de Paul Thomas Anderson então e dever de casa. Vá é pegue tudo, There Will be Blood tem um final fantástico, sádico. Magnólia tem um elenco estelar e é muito bom, um pouco complicado pra algumas pessoas, mas com umas 2 assistidas com certeza da pra tirar quase tudo que tem pra se ver ali, e é um filme muito bom, sem falar que chove sapo. E Punch – Drunk Love é divertidíssimo é uma comédia inteligente sobre gente comum, e conta com um Adam Sandler trabalhando como um ator de verdade, o que ele devia tentar mais vezes.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Slumdog Millionaire

Novamente uma coincidência Eros. Eu vi Slumdog semana passada e ia postar aqui. Concordo plenamente com você sobre as semelhanças com Cidade de Deus. A pobreza videoclipada. Isso , entretanto, vai além da estética de ambos os filmes: é um modo de retratar a pobreza de modo do modo mais bonito possível. Não sei, não gostei muito do filme. Acho que o filme nem merece essa repercussão toda. O Oscar, pra mim, foi meramente político, destacando duas utilidades principais do filme.

1º: O filme é, como disse John Stewart, "o filme otimista mais triste de todos os tempos". A "moral da história" do filme é que não importa as merdas pelas quais você passa na vida, se estiver escrito que você vai ter sucesso, então não há quem ou o quê para evitar que isto aconteça. Traduzindo pra hoje em dia: os EUA passaram por várias crises e guerras e conseguiram ser a maior nação do mundo. A crise de agora é só mais uma merda que nos fará sofrer hoje, mas que amanhã servirá para nos tornar mais fortes. Viagem minha? Acho que não. Esse otimisto somado a resquicios do "destino manifesto" do século XIX são o que os EUA precisam agora (além de um belo pacote anti-crise, é claro).

2º: Este eu considero o principal: penetração no mercado indiano. Na índa são vendidos mais de 1 bilhão de ingressos de cinema por ano (o 1º no mundo, sendo bem mais do que nos próprios EUA e mais do que o dobro do 3º colocado. No Brasil são vendidos míseros 90 milhões). Este filme será para o cinema indiano o que o "O Tigre e o Dragão" foi para o cinema chinês. Podemos esperar muitas outras produções indo-americanas por aí.

Bye-bye indian style. \o/ \o/ \o/

terça-feira, 17 de março de 2009

Cidade de Deus

Velho post novo


É até falta e vergonha comentar Cidade de Deus. Afinal o filme já tem história. Mas aqui na Europa ele é tão famoso e todo mundo fala tanto que resolvi ver de novo. O filme já é mais famoso que o Pelé. Mas ainda perde pro Rio. Opa o filme se passa no Rio. Vai ver é por isso que todo mundo sabe do Rio. E claro o fato de o Ronaldo ter pegado travesti lá também ajuda um pouco.
Bom o filme continua ótimo. Isso todo mundo já sabe. E acho que não vou colocar nada novo aqui. Mas assisti Slumdog Millionaire a pouquinho tempo, e quando assisti, achei que tinha coisas lá que me lembravam CDD. E hoje revendo tive certeza disso.
O propósito desse blog não é fazer análise. Mas é impossível não comentar que a estrutura da história a edição rápida e a câmera livre, bem aquela coisa de uma câmera na mão e uma idéia na cabeça, que veio do cinema novo. Está muito presente em SM. E isso me faz pensar. Será que isso não vem um pouco do nosso Brasil Varonil.
Particularmente adoro Danny Boyle, o diretor de SM. Os primeiros filmes da sua carreira são clássicos, e nunca faltou criatividade em sua câmera e em seus takes. Como Trainspotting, ou Cova Rasa, que são filmes independentes, mas ricos em detalhes e com roteiros fortes e direção criativa. Não estou dizendo que SM seja ruim. Pelo contrario é um filme muito bom, e possível candidato ao Oscar. Mas ele não é inovador, a história da criança que cresce em meio ao lixo, mas simplesmente é diferente e não quer fazer parte da bandidagem, é muito Buscapé de CDD. A forma que as respostas das perguntas são dadas. Contando a história desde a infância, mostrando como o destino e o acaso influenciaram a vida do garoto. Simplesmente não consigo parar de associar o filme a CDD.
A história de SM é baseada em um livro, por isso não vou ser estúpido e falar que foi baseado no Rio. Mas a direção do filme foi inspirada, isso eu sou obrigado a dizer. Talvez esteja sendo um pouco arrogante e um tanto quanto prepotente, fazendo uma análise dessas mas a proposta desse Blog é falar o que estamos sentindo, e foi isso o que senti em relação ao filme.
Acho que seria bom se todo mundo assistisse aos dois filmes, assim poderiam dizer: “ta doido demais” ou simplesmente,“é talvez ele tenha um ponto aqui”.
Mas uma coisa é fato. Desde que Dany Boyle começou com projetos de Hollywood, como A Praia Sunshine, e outros que não me lembro o nome ele perdeu muito de sua essência.
Slumdog Millionaire é um filme muito bom que trás de volta todo o brilho que DB havia conquistado com Trainspotting, Cova Rasa e até com A lIfe less Ordinary. Esse ultimo é um filme de gosto pessoal, que acho que tem um humor negro fantástico e que me diverte muito, mas entendo que muita gente o ache fútil e bobo.
Bom mas uma coisa é certa Cidade de Deus é melhor, ou mais original, ou eu to falando muita merda hoje. Mas como não tem mais ninguém pra eu falar português aqui em casa tenho que descontar de alguma forma.